MAR
MAR no MAR do meu pensar-amar
MAR que não é só dos oceanos
Mas o de toda a água que há na terra
MAR de toda a água que há no ar
MAR de toda a água que há no fogo
MAR de toda a água posta em jogo
Nos milhões de anos da Terra a navegar
Sua rota incerta pelos universos
De que nada sabemos como eu
Jamais poderei escrever em versos
O amor-terror-sagrado que é o meu
Por ti meu/minha MAR de afeição
Que talvez não deva amor chamar-se
Mas é mar-oceano-----e, como não
Amor chamar-lhe ao falar-se
De mar num mar ilimitado
Onde não há futuro nem passado?
(José Blanc de Portugal) in "descompasso"
Rio, 13-12-75
Belíssimo poema.
ResponderExcluirGostei imenso.
Tal como também gostei do teu blogue. Muito marítimo e poético.
Beijo.
Muito obrigada!
ExcluirBjs